Investimento de 11 milhões de euros no Terminal Rodoferroviário do Lousado

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Esta infraestrutura dará resposta à necessidade de aumentar a capacidade de movimentação de contentores no Norte do País, com duas linhas de carga de 750 metros, e mais duas linhas de receção/expedição, originando uma capacidade de mais de 500.000 movimentos por ano na fase de cruzeiro.

A Infraestruturas de Portugal (IP) assinou hoje, ao início da tarde, na Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, a Adenda ao Protocolo do Terminal Rodoferroviário de Lousado, realizado em 2019, com a idelidade e a MEDWAY, para a construção da infraestrutura situada em Vila Nova de Famalicão, num investimento de iniciativa privada associado a um investimento público de 11 milhões de euros.

A cerimónia contou com a presença do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, do Presidente do Conselho de Administração da IP, Miguel Cruz, do Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Mário de Sousa Passos, e do Presidente do Conselho de Administração da MEDWAY, Carlos Vasconcelos.

Miguel Cruz realçou a importância do momento, já que esta é uma iniciativa “que reforça o compromisso entre instituições públicas e privadas na concretização de uma visão partilhada: promover um modelo logístico mais eficiente, sustentável e competitivo, com impacto direto na economia e na coesão do território."

Este novo terminal rodoferroviário dará resposta à necessidade de aumentar a capacidade de movimentação de contentores no Norte do País. O terminal, com uma área de implantação logística de 32,000 m2, terá duas linhas de carga de 750 metros e mais duas linhas de receção/expedição e uma capacidade para parqueamento de 11.000 TEU, o que equivale a mais de 500.000 movimentos por ano na fase de cruzeiro.

Ao abrigo desta adenda, a IP ficará responsável pelos seguintes trabalhos:
 

  • Plataforma de via na zona da Linha R/E, das respetivas drenagens transversais, da drenagem longitudinal e vedações;
  • Prolongamento da Passagem Inferior Rodoviária (PIR) ao quilómetro 26,716;
  • Demolição da PIR 27,360 e respetivo aterro;
  • Superestrutura de via, catenária, infraestruturas de sinalização e telecomunicações da Linha R/E, com os ajustes de configuração dos Aparelhos de Mudança de Via (AMV) e inserção na Linha do Minho.

Na sua intervenção, o Presidente a IP explicou ainda que será “criada uma infraestrutura logística de nova geração, capaz de responder aos desafios futuros da internacionalização da economia portuguesa, da digitalização da cadeia logística e da transição para formas de transporte mais sustentáveis.”

O responsável máximo da empresa reforçou que este investimento se insere numa “estratégia devidamente articulada entre várias entidades públicas e privadas”, com o objetivo de posicionar Portugal como plataforma atlântica competitiva na rede logística europeia, assente em três grandes pilares: o Programa Nacional de Investimentos 2030, o Plano Nacional Ferroviário, e a Rede Transeuropeia de Transportes (TEN-T).

Atualmente, a IP tem em curso mais de 180 empreitadas — excluindo os trabalhos de conservação corrente — que totalizam um investimento global superior a 2.300 milhões de euros, distribuídos entre as redes ferroviária e rodoviária. Destes, 83 projetos ferroviários representam um investimento de mais de 1.580 milhões de euros, complementados por dezenas de estudos e projetos que visam reforçar a rede em todo o território nacional.

A concluir, Miguel Cruz deu nota que “o objetivo é conseguir que estes investimentos alcancem todas as regiões, promovendo um desenvolvimento logístico e ferroviário abrangente, coeso e inclusivo.”

Recorda-se que no âmbito do protocolo assinado em 2019, a IP ficou responsável por prestar serviços de assessoria técnica ao desenvolvimento do projeto do Terminal, nas várias especialidades da engenharia ferroviária, incluindo os ensaios e a colocação ao serviço dos sistemas a instalar, com vista a garantir que o mesmo respeita todas as normas técnicas e de segurança vigentes.